sexta-feira, 28 de julho de 2017

*" "A Catedral"




"A Catedral"
Entre brumas, ao longe, surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu risonho,
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu tristonho,
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.

E o sino geme em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"

Alphonsus Guimaraens


** "Jogo da Velha"



"Jogo da Velha"




** "Breve o dia."



"Breve o dia"

Breve o dia, breve o ano, breve tudo.
Não tarda nada sermos.
Isto, pensando, me de a mente absorve
Todos mais pensamentos.
O mesmo breve ser da mágoa pesa-me,
Que, inda que magoa, é vida.

Fernando Pessoa


* "Família é um charme"


"Família é um charme"




** "Cinema em Casa"



"Cinema em Casa"




** "Embalagens para Presentes"


 "Embalagens para Presentes"







** "CERIMÔNIA DE PASSAGEM"



    "CERIMÔNIA DE PASSAGEM"


                              “a zebra feriu-se na pedra 
                                        a pedra produziu lume” 
     


    a rapariga provou o sangue 
    o sangue deu fruto


    a mulher semeou o campo 
    o campo amadureceu o vinho


    o homem bebeu o vinho 
    o vinho cresceu o canto


    o velho começou o círculo 
    o círculo fechou o princípio


                               “a zebra feriu-se na pedra 
                                 a pedra produziu lume”




                                                                          Ana Paula Tavares


** "Use a Cabeça e Arrase!"



"Use a Cabeça e Arrase!"



** "Obras de Portinari"



"Obras de Portinari"


Imagem relacionada

          Em 1944, o pintor brasileiro Cândido Portinari demonstrou preocupação em representar a situação social do trabalhador brasileiro, tanto é que criou a “Série Retirantes”, uma denúncia social com influências expressionistas, composta por Criança MortaEmigrantesRetirantes e Enterro na Rede.
          Na tela Criança Morta, uma gigantesca mãe encontra-se curvada sobre o filho morto que carrega. Essa colossal mãe, com suas pernas flexionadas e com o filho nos braços, que mais se parece com uma estátua, lembra a figura da Pietá do pintor italiano Michelangelo. Quatro personagens espalham-se em torno dessa mãe dolorosa.
          A criança morta, com seu corpo despido e esquelético, o que intui que tenha morrido de fome, tem a cabeça caída para frente, enquanto o braço direito despenca-lhe do corpo em direção ao chão, como o de Jesus na Pietá e em outras composições da Renascença.
          Todas as figuras ao redor da mãe e de seu filho são cadavéricas. À esquerda, o homem segura a esposa pelo ombro, também com o corpo curvado e com os cabelos a lhe tocar as costas, como se lhe quisesse repassar consolo. Uma mulher segura, com as duas mãos, a cabeça do menino morto. À direita, outra mulher segura a mão de uma criança, cujo rosto envelhecido parece o de um adulto.
          Excetuando a mãe, de quem não é possível ver o rosto, e a criança segura pela mão, tanto o homem quanto as duas mulheres vertem lágrimas de pedras, simbolizando a crueza da seca e a dureza do sofrimento.
          A paisagem é seca e cheia de pedregulhos. Não se vê uma única plantação. No chão, descansa uma cabaça, cujo objetivo era carregar água. O azul do céu é carregado, reforçando o amargura da cena. Haja sofrimento nesse grupo que nos parece tão palpável.
Ficha técnica
Ano: 1944
Dimensões: 180 x 190 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Acervo do MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Fonte de pesquisa
Portinari/ Coleção Folha
de http://virusdaarte.net

** "Vamos colorir"



"Vamos colorir"




"VAMOS NOS AMAR"



 "VAMOS NOS AMAR"

COM DÉBORA TEEN 




** "Este inferno de amar"



"Este inferno de amar" 

Este inferno de amar – como eu amo! 
Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi? 
Esta chama que alenta e consome, 
Que é a vida – e que a vida destrói – 
Como é que se veio a atear, 
Quando – ai quando se há de apagar? 

Eu não sei, não me lembra: o passado, 
A outra vida que dantes vivi 
Era um sonho talvez... – foi um sonho - 
Em que paz tão serena a dormi! 
Oh! Que, doce era aquele sonhar... 
Quem me veio, ai de mim! Despertar? 

Só me lembra que um dia formoso 
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
 E os meus olhos, que vagos giravam,
 Em seus olhos ardentes os pus. 
Que fez ela? Eu que fiz? – Não no sei;
 Mas nessa hora a viver comecei... 

Almeida Garrett 


** "Suflê de Brócolis"


"Suflê de Brócolis"

 


** "Salada de Brócolis com Queijo"


"Salada de Brócolis com Queijo"